1 de novembro de 2016
Qualquer um pode plantar árvores nas calçadas, desde que siga regras, diz ambientalista
Tingir de verde o cinza urbano ajuda tanto na saúde quanto no bem-estar de quem vive nos grandes centros. No caso de São Paulo, maior metrópole da América do Sul, a boa notícia é que qualquer pessoa pode dar sua contribuição para arborizar a cidade, melhorando a qualidade ambiental do lugar. Basta seguir regras, observar critérios de segurança e escolher espécies apropriadas.
Cláudia Visoni, jornalista, ambientalista e uma das idealizadoras da horta da Praça das Corujas, em Pinheiros, dá cursos sobre plantio no meio urbano. De acordo com ela, “muitos imaginam que é proibido quebrar a calçada para plantar, mas não é”. A ambientalista, no entanto, destaca a importância de realizar o procedimento dentro dos parâmetros estabelecidos pelo poder público.
A Prefeitura de São Paulo tem uma cartilha com regras para a implantação das chamadas “calçadas verdes”, faixas ajardinadas que podem ser feitas em ruas onde não há fluxo muito grande de pedestres. Entre as exigências estão: passeios públicos com largura mínima de 2m — para os que receberão apenas uma faixa, e 2,5m para duas — e a proibição de “arbustos que prejudiquem a visão ou com espinhos que possam atrapalhar o caminho.”
Apesar de a cartilha destacar que compete apenas ao Executivo Municipal o plantio de árvores em calçadas, a própria Coordenadoria das Subprefeituras, autora do manual, admite “a inexistência de norma proibitiva e sancionadora para os casos em que o particular plante em viário público”. Ou seja, qualquer um pode plantar árvores em via pública, desde que elas sejam adequadas ao ambiente urbano.
Em São Paulo há, por exemplo, a tentativa de erradicar espécies invasoras, que se adaptam e proliferam, tomando o espaço das nativas. “A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente publicou, em 2015, um manual de arborização com os tipos permitidos, com informações sobre o tamanho que atingem e técnicas que devem ser adotadas”, informa Cláudia, que dá dicas para um bom plantio: “A base da árvore não deve ser cimentada e a raiz nunca deve ser cortada para limitar seu crescimento”.
Apesar dos inúmeros benefícios trazidos pela arborização urbana, a ambientalista afirma que ainda existe resistência: “Muita gente não tem ideia da importância das árvores, e teme que haja acidentes em função de quedas, mas seu plantio é, na verdade, uma questão de saúde pública em São Paulo, cidade na qual cerca de quatro mil pessoas morrem por ano em decorrência de problemas causados pela poluição”.
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