2 de outubro de 2018
Em festa marcada por clima de saudade, SAAP lança livro sobre história de Alto dos Pinheiros
“Este aqui sou eu”, dizia, animado, Adauto Prudente de Toledo, enquanto apontava para a foto de duas crianças observando uma vaca atravessar uma rua de terra. A imagem, registro de uma época em que nosso bairro ainda tinha aspecto rural, é uma das que ilustram o livro “Alto dos Pinheiros: história e histórias”, lançado em comemoração dos 40 anos da SAAP. O evento aconteceu na quarta-feira (26), no Clube Alto dos Pinheiros.
A obra remonta ao século XVI para contar como um pedaço de terra inóspito se tornou um dos melhores bairros de São Paulo. Além de mostrar as origens e o desenvolvimento de Alto dos Pinheiros, o livro abre espaço para as memórias daqueles que testemunharam a transformação do lugar. São pessoas, como Toledo, que chegaram antes do asfalto, da iluminação pública e da água encanada.
“Este na foto é o meu pai, na frente da casa que ele estava construindo no bairro”, comentou, referindo-se à residência onde vive até hoje.
Aliás, essa visita ao passado proposta pela publicação deixou no ar um contagiante clima de saudade. Não era difícil encontrar na festa de lançamento rodinhas de conversa em que brotavam histórias e mais histórias de Alto dos Pinheiros.
Acompanhada da vice-presidente da SAAP, Márcia Kalvon Woods, a atual presidente, Maria Helena Osorio Bueno, fez um discurso em que agradeceu a todos que, de alguma forma, tornaram o livro realidade. A presença de alguns dos fundadores da associação, como o professor Tacla e a professora Maria Alice, também foi mencionada. “Seus relatos e histórias da época nos fazem ver que toda a história da SAAP é de comprometimento, luta, desafios e coragem de manter este nosso querido bairro Alto dos Pinheiros unido, lindo, arborizado, tranquilo e resistente.”
Maria Helena destacou dois elementos que foram — são e sempre serão — fundamentais para tornar a SAAP uma entidade atuante e respeitada em seus quase 41 anos de existência: o apoio e a união de quem vive em Alto dos Pinheiros.
Segundo enfatizou, a associação “vem se mantendo por causa da fidelidade de muitos moradores, que são nossos associados há muitos e muitos anos, e também de novos moradores que se associaram e possibilitam que o nosso trabalho seja feito a contento pelos nossos inestimáveis voluntários”.
Foto: Priscila Furuli Fotografia
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