3 de outubro de 2019
Menos de um ano após ser adotada, praça é revitalizada e devolvida à população
Toda vez que passava perto da praça Capitão Mateus de Andrade, o empresário Daniel Ribeiro se deparava com uma cena que o incomodava: o acúmulo de entulho no local. “Tinha até sofá”, lembra. Indignado com a situação, em novembro de 2018, decidiu, por meio de sua construtora, a G.D8, adotar o espaço. No final do mês passado — portando, menos de um ano depois —, a praça, localizada entre as ruas Filadelfo Aranha, João Batista Cardoso e Dona Elisa de Moraes Mendes, foi entregue repaginada a seus frequentadores.
Na reinauguração, em 22 de setembro, o público foi presenteado com um concerto de música clássica, que aconteceu num palco de concreto construído durante a revitalização. O desejo do empresário é de que as apresentações ocorram todo segundo sábado do mês.
“Há várias comunidades apoiando os mais diversos estilos de música, mas ninguém dava bola para a música clássica. Daí a ideia de dedicar esse espaço a ela”, conta.
O público também assistiu à palestra do empreendedor social Edu Lyra, criador da ONG Gerando Falcões, que faz projetos de esporte e cultura na periferia. “Ele veio compartilhar sua história de vida, que é muito interessante”, diz Ribeiro. Um coral ligado à organização se apresentou no dia.
Entre os convidados do evento estavam o prefeito regional de Pinheiros, João Grande, e a presidente da SAAP, Márcia Kalvon Woods.
Bancos doados
Além de melhorias, a Capitão Mateus de Andrade recebeu bancos novos, cujo conceito foi desenvolvido na Europa. Montados pela empresa mmcité 8, eles foram cedidos por várias famílias moradoras da região — em cada um, é possível observar inscrição com o sobrenome do respectivo doador. “Contratei uma empresa para ir atrás do melhor tipo de móvel para uso público. Foi esse que instalamos aqui, com alta durabilidade”, conta.
Graças a uma parceria com a Escola Vera Cruz, que fica perto dali, o espaço recebeu ainda uma composteira para converter lixo em adubo. “Eles nos procuraram com essa proposta. Fizeram e estão cuidando disso”, diz.
Morador de Alto dos Pinheiros, Ribeiro, cuja empresa também está instalada no bairro, destaca que zelar pelos espaços públicos é uma responsabilidade de todos. “Muitas vezes, o que precisamos não é nem de tempo, nem de dinheiro para cuidar desses locais. Basta ter uma atitude fiscalizadora que já resolve 50% dos problemas. O espaço público tem de ser um local de encontro da comunidade, como essa praça.”
A SAAP compartilha da mesma opinião. Por isso, além de ter ajudado o empresário a lidar com as exigências da burocracia municipal durante o processo de adoção da Capitão Mateus de Andrade, vem realizando ações recorrentes para preservar as áreas verdes da nossa região. Temos adotado praças e incentivado o setor privado a fazer o mesmo. Acreditamos na força da atuação conjunta entre poder público e sociedade civil. Essa ideia, aliás, norteia boa parte de nossa atividade.
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