3 de maio de 2021
Plano de metas de São Paulo: SAAP defende ênfase em áreas verdes e subprefeituras
Como queremos que a cidade de São Paulo esteja daqui a quatro anos? Essa é a pergunta que norteia o Programa de Metas 21/24, cuja versão inicial foi lançada pela Prefeitura. O documento engloba 75 metas em temas como combate às desigualdades, segurança, transporte, inovação, geração de renda, meio ambiente e transparência, e foi debatido em audiências públicas até o final de abril.
Em maio, as secretarias municipais vão compilar as sugestões e elaborar a versão final – que será, como escreve o prefeito Bruno Covas na introdução do programa, “a base orientadora para todos os demais instrumentos que darão o tom e indicarão os rumos de São Paulo para os próximos anos”.
A presidente da SAAP, Márcia Kalvon Woods, foi uma das debatedoras na audiência pública organizada pela Subprefeitura de Pinheiros, em 13 de abril. A associação sintetizou suas contribuições num documento enviado para a Prefeitura dias depois (30 de abril). As recomendações incluem quatro pontos, alguns específicos de Alto dos Pinheiro, outros mais gerais, mas que também afetam o bairro.
Transporte
Um dos eixos do programa propõe uma cidade mais “ágil” e estabelece como objetivo “prioridade para deslocamentos a pé e de bicicleta”. A SAAP, em seu texto, observa que o bairro dispõe de ciclovias e ciclofaixas, mas que não há informação sobre possível implantação de uma das mais importantes (para travessia da ponte Cidade Universitária).
Praça Pôr do Sol
Uma das metas do programa é criar oito parques municipais. O pleito da SAAP, destacado por Márcia Woods na audiência pública, é que um deles seja a praça Pôr do Sol – o espaço então seria transformado em parque (como chegou a ser entre agosto de 2015 e setembro de 2017). “Ela tem características de parque. É um ponto turístico movimentado, que precisa de uma política pública específica”, argumenta a presidente da SAAP.
No documento enviado à Prefeitura, a associação aponta que a infraestrutura para receber os visitantes não cresceu na mesma proporção que as visitas. Houve melhorias nos últimos anos, com participação da administração municipal, de empresas e da sociedade civil. Mas é preciso mais. Transformando o local em parque, há potencial para “construir novos arranjos de parceria público-privada para viabilizar as melhorias necessárias e os recursos para a zeladoria desta importante área verde da nossa cidade.”, afirma a SAAP.
Plantação de árvores
Outra meta apresentada no programa municipal é plantar 180 mil árvores. Aqui, nossa sugestão é que as associações de bairro sejam chamadas a colaborar. “As associações têm forte vínculo com seu território. Podem alavancar o plantio, seja doando mudas, seja doando mão de obra, seja por meio de mutirões e do engajamento da população”, diz Márcia.
Eficiência do setor público
A publicação da Prefeitura reserva oito páginas e cria seis metas para esse tema, mas não há nada diretamente ligado às subprefeituras. A SAAP defende que essa falha seja sanada. “As subprefeituras são importantes principalmente com seu olhar de gestão de território. Mas infelizmente sofrem com muita descontinuidade”, critica a presidente.
Alto dos Pinheiros é um (mau) exemplo disso: nos últimos quatro anos, tivemos quatro subprefeitos. “Essa descontinuidade dificulta a interlocução, a implantação de políticas públicas e a execução de tarefas. Traz muito recomeço, muito retrabalho”, pondera.
[mc4wp_form id=”4455″]
Veja também
20 de janeiro de 2015
Oferta exclusiva para sócios: Visita técnica gratuita sobre saúde das árvores
30 de abril de 2014
Casos de dengue e prevenção no bairro
29 de maio de 2014
Um mapa com os rios (invisíveis) de São Paulo sob seus pés
25 de outubro de 2019
Câmeras de convênio com prefeitura serão instaladas no bairro ainda em 2019
22 de dezembro de 2020