28 de novembro de 2023
Província de Saitama recebe novos equipamentos para coleta e reciclagem de bituca de cigarro
Quem anda pela praça Província de Saitama vez ou outra se depara com bitucas de cigarro no chão. Não era para ser assim: mais do que falta de educação, jogar esses restos de modo incorreto significa contaminar o solo e, possivelmente, cursos d’água. E a Província de Saitama é o único espaço público de Alto dos Pinheiros que conta com caixas onde os resíduos podem ser colocados e, de lá, levados para reciclagem.
Aliás, as cinco caixas foram trocadas recentemente pela Poiato Recicla, a maior empresa de coleta e reciclagem de bitucas no Brasil, responsável por ceder e gerir os pontos de descarte. Os novos equipamentos são mais modernos e incluem uma placa explicativa, informando que os resíduos serão reciclados.
A expectativa é que a placa chame atenção de mais fumantes e estimule-os a colocar as bitucas nas caixas. Anos atrás, todo mês eram recolhidas cerca de 1.500 bitucas nas coletoras; pouco antes da renovação, o número vinha ficando em torno de 500.
A instalação e a gestão das coletoras só pode ser feita porque um grupo de moradores todo mês contribui financeiramente com a manutenção da praça. Apoie você também. Entre na página da Saitama na plataforma de financiamento coletivo Cidades.co e faça sua doação!
Por que a bituca é um GRANDE problema ambiental
A ligação entre cigarro e doenças já é bem conhecida. Mas poucos têm conhecimento de que o produto também prejudica enormemente o solo e os ecossistemas aquáticos.
- Passa despercebida: afinal, são só uns 4 ou 5 centímetros… Mas lembra-se dos famosos vilões dos mares e rios, os canudinhos e as sacolas plásticas? Não são o problema principal. O tipo mais comum de lixo recolhido em oceanos, por exemplo, são as bitucas: campanhas de limpeza apoiadas pela ONG Ocean Conservancy recolhem anualmente cerca de 2 milhões de bitucas – colocadas em fila, elas formam 200 quilômetros.
- É tóxica: uma bituca de cigarro contém cerca de 7 mil substâncias tóxicas, aponta um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS); entre elas, nicotina, arsênico e metais pesados prejudiciais a animais aquáticos e plantas.
- Demora a se decompor: em média, uma bituca leva cinco anos para se degradar.
- Pode causar incêndios: sobretudo em épocas secas, como outono e inverno, uma bituca jogada em área verde tem potencial de iniciar um fogaréu. Segundo o governo de São Paulo, é uma das principais responsáveis por queimadas à beira das rodovias.
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