29 de agosto de 2024
Alto dos Pinheiros entra em projeto-piloto da Enel para reduzir apagões
Nos últimos anos, a SAAP organizou abaixo-assinado e fez várias reuniões com Enel, concessionária de energia elétrica da Grande São Paulo, reclamando da excessiva frequência com que Alto dos Pinheiros fica sem eletricidade. Deu resultado. Nossa região está participando de um plano-piloto da empresa que tem como objetivo fortalecer a estrutura de distribuição e, assim, reduzir as quedas de energia.
Muito criticada nos últimos anos pelo grande número de apagões e pela demora em resolvê-los, a Enel apresentou nesta semana o Projeto Resiliência. A SAAP esteve presente no evento. O plano prevê investimentos de R$ 36 milhões em três regiões – a nossa, um bairro de Osasco e um de São Bernardo do Campo. Abrange basicamente três tipos de ação, destacados a seguir.
- Substituição de fiação: Cerca de 60 quilômetros de cabos elétricos (nos três bairros contemplados) serão substituídos por novos, mais resistentes à queda de galhos ou ao impacto da vegetação.
- Instalação de novos controles e transmissores: Até dezembro, serão instaladas novas interligações entre os circuitos e componentes, com proteção reforçada. Haverá também novos equipamentos de controle à distância. Esses dispositivos permitem o gerenciamento remoto da rede – nos casos de danos mais leves, eles religam o sistema sem a necessidade de enviar técnicos ao local, agilizando o serviço. Segundo a Enel, hoje cada telecontrole atende a 770 clientes nas três regiões. Com o projeto, cada um atenderá 470. Assim, mesmo danos graves podem ser restritos “a um menor grupo possível de clientes”, disse o presidente da Enel Distribuição São Paulo, Guilherme Lencastre.
- Intensificação das podas de árvores: Com o projeto, a Enel pretende dobrar o número de podas a feitas neste ano. Serão mais de 600 mil até dezembro.
O pacote de serviços deve estar todo implantado até o fim do ano, quando a companhia vai analisar os resultados e verificar quais medidas tiveram mais sucesso em diminuir a falta de luz. A expectativa é que as interrupções sejam reduzidas em pelo menos 30%.
“Escolhemos locais com histórico grande de interrupções e que têm problemas diversos, como grande quantidade de árvores, fiação antiga e rede de transmissores com problemas. O objetivo é estudar como esses recursos performam nessas áreas para entendermos o que vale a pena replicar no resto da cidade”, disse o chefe de planejamento e gestão da Enel, Marcos Floresta.
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