22 de janeiro de 2020
Antes e depois: Parque Candido Portinari ganha 6 mil m² de floresta após ação de voluntários
Pinheiro-araucária, embaúba, ingá e pau-pólvora. Essas são algumas das espécies de árvores que, agora, podem ser vistas no Parque Candido Portinari. Depois de dois anos e meio do plantio, o local possui uma bela floresta que ocupa 6 mil m². A nova área verde é resultado da colaboração entre a SAAP e os projetos Floresta de Bolso e Novas Árvores Por Aí. A parceria mobilizou 600 voluntários no último fim de semana de julho de 2017.
Para plantar as sementes, foi utilizada uma técnica de restauração da Mata Atlântica, como explica o botânico e paisagista Ricardo Cardim, criador do projeto Floresta de Bolso. “O método permite construir pequenas florestas que vivem em harmonia com a cidade em áreas pequenas”, conta.
Foi o que aconteceu no parque. Nas imagens do antes e depois, é possível notar como as árvores cresceram ao longo dos anos, transformando-se em uma floresta densa. O terreno, antes deserto e com uma terra considerada ruim, agora traz uma paisagem completamente diferente para quem passa na região.
Cardim conta também que a técnica faz com que as árvores tenham um crescimento eficiente, com pouca necessidade de manutenção. Além disso, também é um plantio sustentável. “A arborização da cidade tem que ser feita com plantas da região. A gente respeita a paisagem original e a fauna se adapta a isso”, diz.
Nik Sabey, idealizador do projeto Novas Árvores Por Aí, comenta o resultado com duas palavras: missão cumprida.
Ele ressalta os efeitos de ações como essa na sociedade: “As pessoas passam a ter mais verde por perto; o envolvimento delas com o meio ambiente fica mais próximo, e também se cria uma cultura de plantar árvores”.
O urbanista Sérgio Reis também aprova o resultado. Associado da SAAP, ele era na época o representante da associação no conselho do parque, e teve atuação decisiva para que a proposta de plantio fosse aprovada por aquele órgão.
“Está ficando lindo, cheio de borboletas e espécies de pássaros que a gente nem sabia que existiam na Grande São Paulo”, comemora Reis.
Pensa que o trabalho termina após o plantio? Não. Os voluntários vivem de olho no local – até combinam de ir ao parque para fazer a manutenção das plantas. Elas ainda viverão por muito tempo, como explica Sabey. O bosque é considerado novo e, por isso, deve crescer bem mais: algumas árvores podem viver entre 200 e 300 anos. Faça sua visita!
Serviço
Endereço: Av. Queiroz Filho, 1365
Horário: 5h30 às 19h
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