14 de junho de 2024
Antigo ponto de drogas, imóvel na Waldir Azevedo vira centro de inclusão digital; ajude a mantê-lo
Dentro da maior praça de Alto dos Pinheiros, talvez ela passe despercebida por alguns. É uma casa na Waldir Azevedo, no lado da avenida São Guálter (altura do número 225), próxima do parquinho. Já foi banheiro público, já foi posto de polícia, mas nos últimos anos estava abandonada, a ponto de virar local de encontro de drogaditos. Fiação e torneiras, por exemplo, haviam sido furtadas. A SAAP chegou a pedir a demolição do imóvel, até saber dos planos do Instituto ID Inclusão Digital, uma organização não governamental que oferece cursos e capacitações na área de informática, e que vai usar o lugar como sede de suas atividades.
A Subprefeitura de Pinheiros cedeu o local temporariamente para o instituto, que reformou, pintou, instalou energia elétrica, água encanada e internet. Revitalizada, a casa reabriu em 8 de junho, e em breve começará a abrigar os primeiros cursos.
A obra foi feita basicamente a partir de duas fontes. Algumas doações — a SAAP doou mesas de segunda mão e intermediou a negociação com a construtora Sinco, que forneceu cabos, conduítes, disjuntores e a caixa d’água — e dinheiro de vaquinhas. “Todos os móveis são doados. As bancadas, por exemplo, são portas doadas, que reaproveitamos após adaptação. Recebemos doação de pia, privada… Todos os computadores vieram ou de doação ou de reciclagem”, comenta um dos fundadores do instituto, Vítor Veloso. Quem pôs a mão na massa e fez quase toda a reforma foram Vítor e seu colega de IID, João Carlos.
Reformada, a casa tem capacidade para 15 alunos. A primeira turma deve começar em julho, com oito. “No momento, não temos cadeira para mais do que isso”, diz Vítor. Em princípio, serão duas aulas por semana, voltadas sobretudo a estudantes de escolas públicas.
O curso é básico, centrado em usos: teclado, mouse, softwares mais comuns (Word, Excel, Power Point…), pesquisa na internet e ferramentas de inteligência artificial. Os instrutores são Vìtor e João Carlos.
“Os estudantes sabem mexer no celular, mas ele tem certa limitação de produtividade. Edição de texto e de imagem são melhores em computador”, afirma Vítor. “Queremos que os alunos tenham capacidade para usar o computador como ferramenta de estudo e trabalho.”
“Ficamos muito felizes com essa destinação”, comentou a gerente administrativa da SAAP, Patrícia Macedo. “O instituto deu uso a um local abandonado, ocupa essa parte da praça e ainda faz inclusão digital”, elogiou.
Colabore com o Instituto IID
Toda estrutura da casa provém de doações. E os custos mensais (água, energia elétrica e internet) são bancados pelos dois fundadores do instituto e por colegas.
Ajude a manter as atividades do IID! É uma forma de colaborar tanto para a inclusão digital de alunos de escola pública quanto de manter a praça Waldir Azevedo mais ocupada e, portanto, mais segura.
PIX para doação: iid@iid.org.br
[mc4wp_form id=”4455″]
Veja também
7 de setembro de 2013
O Plano Diretor Estratégico de São Paulo e a sustentabilidade
20 de fevereiro de 2020