10 de outubro de 2014
Cisterna: uma opção possível durante esta crise histórica
09/10/2014, por Joana Canedo
A previsão é que não vai chover nos próximos 10 dias, pelo menos.
O sistema Cantareira está com o nível mais crítico já registrado pela Sabesp: menos de 6%.
Por enquanto não foram anunciados planos de contingência, nem por parte da Sabesp, nem por parte da prefeitura. Esta última tem apenas um plano de logo prazo de incentivar a água de reuso em prédios. E a Sabesp afirma que não está havendo racionamento.
Mas enquanto ainda assistimos diariamente no bairro a pessoas lavando suas garagens com mangueira (!), outros moradores estão fazendo o que é possível para garantir água para os próximos meses. Economia é o primeiro e mais importante esforço, evidentemente.
Mas também é possível captar, e guardar em cisternas, água que vem de cima e de baixo: da chuva e do lençol freático.
Nesta casa do Alto dos Pinheiros, a moradora está construindo uma cisterna em cima da sua garagem, para finalmente poder regar todas as suas plantas (ela tem um jardim maravilhoso) sem culpa.
A cisterna vai receber água da chuva, quando chover. Mas principalmente vai guardar parte da água do lençol freático que antes era bombeada para a rua. Como o nível da garagem fica abaixo do solo, sempre houve água “brotando” dentro da garagem, que acabava indo para a sarjeta. Agora a água subirá para a cisterna e será muito melhoro usada!
Aliás, isso não seria uma solução para tantas outras casas e mesmo prédios que têm descartado milhares de litros de água, que enchem as garagens e são bombeados para a rua?
Outra moradora fez uma versão bem mais simples de cisterna, de apenas 200L, mas que quebra um bom galho. Com a água captada da chuva, dá para regar plantas, dar descarga, lavar o chão e até lavar a roupa – basta encher a máquina de lavar com alguns baldes.
Tem diversos manuais para esse tipo de cisterna na internet (se você é adepto ao “faça você mesmo”), mas o do Edson Urbano é um dos mais completos. Esta teve a ajuda de um permacultor para ser construída.
Além de ações físicas, que no curto prazo são as que mais precisamos, podemos também pressionar os órgãos públicos a adotar medidas de manejo sustentável para a água.
Aqui uma petição pública para isso e aqui uma plataforma colaborativa de propostas sustentáveis.
Economizar, captar e compartilhar a ideia: a água é nosso bem mais precioso!
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