26 de junho de 2018
Lei torna Vizinhança Solidária política pública no estado de São Paulo
Agora é lei! O Programa Vizinhança Solidária se tornou política pública após a aprovação do PL 904/2017, de autoria do deputado estadual Coronel Camilo. Com isso, a Polícia Militar pode formalmente promover em todo o estado de São Paulo a implementação da iniciativa, que tem como base a prevenção criminal com a participação ativa da comunidade.
Apesar do interesse público, não foi sem percalços a aprovação do projeto. Depois de passar por todos os trâmites na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em 2017, a matéria acabou sendo vetada pelo governador Geraldo Alckmin no começo deste ano.
Conforme seu autor, Coronel Camilo, o veto se deu por causa de um procedimento comum: como o governo recebe um grande volume de projetos de lei para sancionar entre o fim e o começo do ano, muitos são vetados antes que acabe o prazo para análise do Poder Executivo, voltando, assim, para o Legislativo.
“A Alesp reanalisou todo o projeto, que foi novamente votado no plenário e aprovado. Dá para dizer então que ele foi é superavaliado”, disse Coronel Camilo.
Queda na criminalidade
O Vizinhança Solidária surgiu no Itaim Bibi, em 2009, por uma demanda de moradores da região, que passava por uma onda de furtos. Os resultados fizeram com que o programa fosse levado para outros bairros — Alto dos Pinheiros é um deles — e até para outras cidades do estado.
“A ideia é que os vizinhos sejam os olhos da polícia na região, comunicando-se uns com os outros, criando grupos de WhatsApp para informar movimentações suspeitas. O objetivo é prevenir o crime, e o projeto não substitui o 190, que deve ser usado sempre em situações emergenciais, quando o delito estiver ocorrendo”, explica Coronel Camilo.
Os efeitos da iniciativa já foram objeto de estudo tanto da Polícia Militar quanto de membros da força de segurança pública, que o abordaram no âmbito acadêmico. “Os casos de furto caem drasticamente onde há o Vizinhança Solidária. Em média, há redução entre 60% e 70% na criminalidade total na região em que é implantado”, ressalta o deputado.
Por outro lado, Coronel Camilo também aponta para outro efeito positivo do programa: a valorização dos policiais: “Eles se ressentem muito por não terem seu trabalho reconhecido. Com o projeto, os moradores passam até a chamá-los pelo nome. Eles se sentem parte da comunidade”.
[mc4wp_form id=”4455″]
Veja também
1 de setembro de 2016
Um ano após ser criado, parque Pôr do Sol terá eleição para conselho gestor
12 de março de 2014
Contação de Histórias na Biblioteca
14 de março de 2014
Pedestres de Sampa, uni-vos!
12 de dezembro de 2013