1 de março de 2018
Após instalação de base de vigilância na Praça Pôr-do-Sol, aumenta percepção de segurança de moradores do entorno
Um dos espaços mais queridos de Alto dos Pinheiros, a Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiros faz jus ao apelido de Praça Pôr-do-Sol. Difícil encontrar na cidade de São Paulo um lugar que ofereça uma vista tão bela do entardecer. Essa característica, porém, tem atraído nos últimos anos um número cada vez maior de frequentadores. Sem estrutura para comportar um público tão grande, a praça —que até bem pouco tempo tinha status de parque — vem sofrendo com problemas como excesso de lixo, tráfico de drogas e violência. Mas no que diz respeito à segurança, a situação tende a melhorar.
Em uma ação conjunta, SAAP e Avisol (Associação dos Vizinhos da Praça do Pôr do Sol) conseguiram, com o apoio dos moradores do bairro, viabilizar no início de fevereiro a instalação de uma base de vigilância na praça. A necessidade de contar com uma estrutura do tipo se tornou mais explícita após agosto do ano passado, quando um jovem foi baleado no local. Desde então, as duas associações passaram a se reunir periodicamente com representantes da prefeitura e com as autoridades policiais para juntos buscarem uma solução.
“Ao longo de dois meses, a Polícia Militar passou a deixar uma viatura 24h e sete dias por semana na praça. Nesse meio tempo, entramos em acordo com a Prefeitura Regional de Pinheiros, que se comprometeu a custear vigias para o local, enquanto nós ficamos de fazer a doação da guarita”, explica Márcia Kalvon Woods, vice-presidente da SAAP.
SAAP e Avisol uniram esforços e lançaram uma campanha junto aos moradores do bairro para arrecadar recursos e viabilizar a colocação da base. Em menos de três semanas, foi obtido dinheiro suficiente tanto para viabilizar a instalação quanto para custear outros itens no local, como mobiliário, frigobar, micro-ondas e cafeteira destinados aos vigias.
“Desde de fevereiro, quando a guarita foi entregue, temos quatro equipes, com dois vigias cada, que se revezam para fazer a segurança do local 24h por dia. Apesar de não andarem armados, apenas a presença deles ajuda a coibir crimes e a fazer com que as pessoas zelem pela conservação da praça”, afirma José Ricardo Rezende, presidente da Avisol.
Como resultado, os casos de violência foram inibidos. Além disso, o barulho e a perturbação provocados pelos frequentadores noturnos também tiveram redução significativa. A maior prova da mudança foi dada durante o Carnaval, quando muita gente costuma se reunir no espaço.
“Neste ano, não tivemos qualquer problema graças à presença dos vigias. A PM também continua fazendo um número determinado de rondas diárias na Pôr-do-Sol, o que tem ajudado. Agora, nossos próximos passos serão trabalhar pela melhoria dos serviços de limpeza e também para revitalizar o parquinho”, adianta Márcia.
Outras ações
Essa não foi a primeira iniciativa conjunta entre SAAP e Avisol para melhorar a segurança na Pôr do Sol. Em agosto do ano passado, a partir de uma articulação das duas associações, foi instalada no local uma câmera de vigilância de última geração, que permite uma visão de 360° do espaço.
O recurso está ligado ao sistema City Câmeras, da Prefeitura de São Paulo, cujo objetivo é criar uma rede de equipamentos de segurança residenciais e de pontos comerciais. As imagens são compartilhadas com a Guarda Civil Metropolitana (GCM).
Meses antes, em maio, depois de muita persistência e apelos da SAAP, um novo sistema de iluminação foi instalado na Pôr do Sol pelo Departamento de Iluminação Pública (Ilume) da prefeitura. Os postes foram colocados no entorno da praça e numa altura abaixo das copas das árvores, garantindo, assim, noites mais claras para os visitantes.
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