10 de dezembro de 2018
Sistema Cantareira opera em estado de alerta; veja como economizar para não faltar água
Atire a primeira pedra quem nunca se refrescou com um banho de mangueira ou demorou mais do que deveria embaixo do chuveiro num dia de sol escaldante. Aliviar o calor é uma delícia, admitimos, mas é preciso ter consciência e responsabilidade, principalmente porque não estamos livres de uma nova crise hídrica.
O Cantareira, principal sistema de abastecimento de São Paulo, responsável por atender a quase metade da Região Metropolitana—Alto dos Pinheiros está incluído! —, encontra-se em estado de alerta, quando o volume é igual ou inferior a 40%. Segundo dados da Sabesp, em sete de dezembro, ele operava com 38,4% de sua capacidade. Só para se ter uma ideia da gravidade, há exatamente um ano, o reservatório estava com 45,2% de seu volume.
Entre 2014 e 2016, São Paulo enfrentou a pior crise hídrica de sua história recente. A forte estiagem foi apontada como uma das principais causas do problema, mas não dá para desconsiderar que o desperdício é um “inimigo” constante e, por isso, precisa ser evitado com afinco. Afinal, não queremos a reprise de um filme cujos protagonistas são volume morto e torneiras secas. Por isso, é muito importante adotar ações preventivas enquanto ainda há tempo.
Como ajudar?
Em 2014, a SAAP enviou cartas aos síndicos de prédios de Alto dos Pinheiros, ressaltando que parte substancial do consumo do reservatório de Cantareira é residencial e que, portanto, a economia em casas e apartamentos poderia fazer diferença.
A principal maneira de economizar é durante o banho. Faça com que eles sejam mais breves. Feche o registro de água enquanto se ensaboa. Essas medidas simples podem reduzir em até pela metade o consumo em cada unidade habitacional.
Outra atividade que desperdiça muitos recursos hídricos são as lavagens de calçadas. O ideal é que prédios e residências instalem sistemas de captação de chuva, para usar em atividades como limpeza de áreas comuns e para regar jardins.
Nesse período de calor, evite atividades em que haja desperdício de água — aquele banho de mangueira citado no início do texto, por exemplo. Elas são divertidas, mas não queremos viver novamente aquele tempo em que moradores do bairro olhavam para suas piscinas como um reservatório de emergência, não é mesmo?
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