16 de janeiro de 2014

Subprefeito fala sobre os desafios de Pinheiros em 2014

Gazeta de Pinheiros, 16/01/2014, por Diego Gouvêa

Chuvas, Carnaval, Copa do Mundo, Largo da Batata e Conselho Participativo estão entre as principais pautas do ano

Ângelo Filardo afirma que relação da subprefeitura com os moradores será aperfeiçoada com o Conselho Participativo / Grupo 1 de Jornais
Ângelo Filardo afirma que relação da subprefeitura com os moradores será aperfeiçoada com o Conselho Participativo / Grupo 1 de Jornais

O ano de 2014 começou e o subprefeito Ângelo Filardo recebeu a Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais em seu gabinete para comentar os trabalhos da regional nos próximos 11 meses. Além de fazer um balanço das ações em 2013, ele abordou temas como a prevenção contra as fortes chuvas, Carnaval, serviços de zeladoria, Copa do Mundo, mudanças administrativas, o futuro do Largo da Batata e a atuação do Conselho Participativo. Veja a seguir:

Gazeta de Pinheiros – Antes de abordar este novo ano, faça um balanço de 2013.

Ângelo Filardo – Foi um ano em que tivemos um orçamento e prioridades definidos na gestão anterior. Tínhamos o objetivo de concluir aquilo que foi prometido na gestão passada. Procuramos melhorar os trabalhos essenciais de zeladoria, como manutenção de áreas verdes e serviços de tapa-buraco, por exemplo. O ano passado também permitiu viabilizar o Conselho Participativo, que caracteriza a nova gestão.

Sub inicia em 2014 novo modelo de gestão, ficando responsável por serviços que hoje estão concentrados nas secretarias / Grupo 1 de Jornais

Sub inicia em 2014 novo modelo de gestão, ficando responsável por serviços que hoje estão concentrados nas secretarias / Grupo 1 de Jornais

 

GP – De um modo geral, quais são as novidades no modelo administrativo da Subprefeitura de Pinheiros em 2014?ÂF – Estamos nos preparando para receber as primeiras atribuições descentralizadas, que serão anunciadas ao longo do ano pela Secretaria de Coordenação das Subprefeituras e por outras pastas municipais. Alguns serviços que hoje são exclusivos destes órgãos públicos serão realizados pelas regionais.Outra novidade é o aumento do orçamento. Neste ano, estão previstos cerca de R$ 50 milhões para serviços de zeladoria, que não devem sofrer grandes cortes.

GP – No ano passado, um dos principais desafios da subprefeitura foi gerenciar a crise do Carnaval. Como a regional tratar este tema em 2014?

ÂF – Conversamos com alguns blocos e pretendemos estabelecer um espaço diferente para o Carnaval deste ano, possivelmente nas avenidas Paulo VI e Henrique Schaumann, onde deverá ser feita a dispersão dos blocos. Este espaço foi definido por concentrar menos comércio e residências. Este diálogo é tratado com os blocos Sargento Pimenta e Bangalafumenga, que contam com grande divulgação e escolheram a Rua Fidalga como ponto de encontro no Pré-Carnaval.

Desfile de blocos na Vila em 2013 / Jair Paiva

Desfile de blocos na Vila em 2013 / Jair Paiva
O que há de diferente no Carnaval deste ano é que a festa será tratada também pela Secretaria Municipal de Licenciamento e pela Secretaria Municipal de Cultura. No ano passado, a atuação dos departamentos municipais envolvidos foi limitada devido à mudança de gestão. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Polícia Militar (PM) também estarão envolvidas.O papel da Subprefeitura de Pinheiros será de receber e intermediar as demandas dos blocos e dos moradores. Pretendemos continuar contatando os demais blocos da região para convencê-los a encaminhar seus foliões para a área que estabelecemos.GP – No início do ano, também há os transtornos gerados pelas chuvas. O que está sendo feito a respeito?

ÂF – Temos duas obras engatilhadas para conter o volume de água das chuvas: a reforma do Córrego das Corujas e o piscinão do Córrego Verde, que aguarda licença ambiental por parte da administração municipal. Estes dois projetos de grande porte serão executados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb).

No que compete à subprefeitura é intensificado o Plano de Verão, com limpeza de bocas de lobo, galerias e ramais desde novembro. O serviço de bocas de lobo, por exemplo, é realizado em 30 pontos por dia.

Outra ação que desenvolvemos é a poda de árvore, que após acordo com a AES Eletropaulo conseguimos melhorar, pois as equipes se desencontravam na execução dos trabalhos. Este serviço é importante para evitar problemas como a queda de energia elétrica.

Após acordos com a empresa, foi realizado o rebaixamento das copas de 340 árvores que corriam o risco de queda por estarem em contato com a rede elétrica e no final do ciclo de vida.

Parque do Povo terá festival temático para a Copa do Mundo / Secom-SP

Parque do Povo terá festival temático para a Copa do Mundo / Secom-SP

 

GP – Falando de “copa”, de que maneira a Copa do Mundo pode influenciar na região?ÂF – No que se refere ao turismo receptivo, a infraestrutura hoteleira da região está preparada há uma década para atender o público. O que há de novo é o Fan Fest, ponto de encontro para torcedores acompanharem os jogos por meio de um telão, que possivelmente será instalado no Parque do Povo.Acredito também que podem ocorrer novas manifestações contra a Copa do Mundo no Largo da Batata, que após os atos do ano passado criou uma vocação para isso.

GP – O projeto de reconversão urbana da área do Largo da Batata termina neste ano. Como a subprefeitura se prepara para assumir a responsabilidade por este novo espaço?

ÂF – O que tentaremos fazer após a finalização das obras é zelar pelo local, pois ele não terá uma utilização clara. Por isso, alguns moradores nos procuram para se informar sobre o destino do local, que durante algum tempo terá uma deficiência de uso. Este é o pior dos mundos na questão da zeladoria.  Existe a vontade dos moradores e da administração municipal para que o Largo da Batata vire um polo cultural.

Assim, até uma definição, o Largo da Batata terá concentração dos serviços de limpeza conforme o uso do espaço e manutenção daquilo que vier a ser danificado. O cuidado das árvores também ficará a nosso cargo. De início, as mudas ficarão sob responsabilidade do consórcio que executa as obras. Depois, serão cuidadas pela Subprefeitura de Pinheiros.

Obras do Largo da Batata devem terminar neste ano; Sub terá o papel de zelar pelo local que ainda não tem vocação definida / G1J

Obras do Largo da Batata devem terminar neste ano; Sub terá o papel de zelar pelo local que ainda não tem vocação definida / G1J
Também pretendemos viabilizar um bicicletário anexo à Estação Faria Lima do Metrô, ao lado da Rua Martin Carrasco. Outros mobiliários urbanos também estão em estudo na área pela SPUrbanismo, após a finalização das obras, isso tudo com a intenção de dar vida ao local.GP – Quem é o novo chefe de gabinete da subprefeitura e quais as suas funções?ÂF – Wagner Soares. Ele foi uma espécie de “presente de Papai Noel”, pois assumiu o cargo no dia 22 de dezembro.  Ele é recém-aposentado da Polícia Militar e foi da assessoria do Ministério Público. O chefe de gabinete auxilia diretamente nas atividades da máquina administrativa.

GP – Como será o trabalho da subprefeitura junto aos membros do Conselho Participativo?

ÂF – A expectativa é que o diálogo da regional seja aperfeiçoado com os setores que já mantêm contato, como as associações de bairro, por exemplo. As demandas dos moradores serão mais formalizadas e terão mais peso de acordo com as necessidades da comunidade. O acesso a informações do poder público também será diferente, pois uma coisa é um cidadão comum exigir a informação, outra será o conselheiro, que terá melhores condições administrativas para fazer este pedido.