24 de junho de 2024

Vizinhança Solidária completa 10 anos; implante o programa em sua rua

O 23º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano celebrou, num evento na quarta-feira (19 de junho), os dez anos de um programa tão eficiente quanto simples: o Vizinhança Solidária. Participaram do evento a diretores da SAAP, líderes do programa em Alto dos Pinheiros, a presidente do Conseg Pinheiros, Ivana Queiroz, e cúpula da PM da região – incluindo o tenente-coronel Marcos Daniel Fernandes, comandante do batalhão e pioneiro do Vizinhança Solidária no Brasil, o coronel Carlos Enrique Forner, comandante da  Zona Oeste de SP, e o capitão Bruno Pettinato, comandante da 1ª Cia.

O programa parte de uma constatação básica: por mais equipada e preparada que seja, a polícia é incapaz de detectar todas as situações suspeitas. Os moradores precisam ajudar – afinal, como conhecem o lugar onde vivem, em alguns casos sabem identificar melhor do que a PM movimentações incomuns na rua, barulhos não rotineiros na casa vizinha.

Assim, o que a estratégia propõe é criar um grupo de troca de mensagens entre os moradores, para que uns avisem os outros sobre questões de segurança, como um carro diferente estacionado na rua, uma pessoa estranha tocando a campainha das casas. Ou que comuniquem aos vizinhos quando vão viajar, por exemplo. Um líder do grupo (chamado de tutor) é encarregado de acionar a PM quando necessário. São ações simples, mas efetivas. Graças ao programa, um roubo recente com reféns em Alto dos Pinheiros acabou sem vítimas, e os criminosos foram presos.

Como contou na cerimônia o o tenente-coronel Daniel, o Vizinhança Solidária foi lançado no Itaim Bibi há dez anos, mas logo alguns moradores de Alto dos Pinheiros se interessaram. Hoje, 39 ruas do nosso bairro fazem parte do programa. “Ainda é muito pouco”, lamenta a presidente da SAAP, Maria Helena Osorio Bueno.

Nesses dez anos, o programa já foi adotado em vários bairros de São Paulo, em outros municípios do estado e até em outros estados. O próprio tenente-coronel já foi à Guatemala e à Argentina ajudar a implantar versões locais.

Então, o que está faltando para você implantar o programa na sua rua? O processo de inscrição é simples (acesse este passo a passo elaborado pela SAAP) e os resultados são positivos – não só para a segurança, mas também para o estreitamento de laços entre os moradores de um mesmo quarteirão.